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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Matéria de capa da revista Veja

Ontem por curiosidade resolvi visitar o site da Revista Veja e vi a capa que diz: “Ser jovem e gay, a vida sem dramas”. Fui logo ler a matéria. Segue meus comentários. (Em vermelho destaco parte do texto. Em preto minha opinião):

Declarar-se gay em uma turma ou no colégio de uma grande cidade brasileira deixou de ser uma condenação ao banimento ou às gozações eternas.

Sim, leia-se bem em uma grande cidade. É lógico que a mentalidade dos jovens é outra, mas em cidades pequenas ainda há o preconceito e a estigmatização de que gay tem que ser necessariamente masculinizado (no caso das meninas) e afeminado (meninos). Convivo diariamente com gays aqui em Telêmaco e sei muito bem o que é viver em uma cidade pequena e ser “diferente” dos outros. Mas vale lembrar que “diferente” todos nós somos.

O psicólogo americano Ritch Savin-Williams, autor do livro The New Gay Teenager (O Novo Adolescente Gay), resumiu a VEJA: "O peso de sair do armário já não existe para os jovens gays do Ocidente: tornou-se natural".

E sempre foi natural, o problema está na forma como o outro nos vê. Como isso nunca me importou...

A questão central é que eles simplesmente deixaram de se entender como um grupo. São, sim, gays, mas essa é apenas uma de suas inúmeras singularidades - e não aquela que os define no mundo, como antes.

A questão principal está aqui, eu me aceitar como realmente sou e deixar de me rotular. Foi complicado para mim no início, mas depois que aprendi que ser gay é ser você mesmo. Eu sempre digo: “Sou o Guilherme, o que passar disso é mentira”. E é mesmo!

"À medida que as pessoas se educam e se informam, a tendência é que se tornem também mais intransigentes com o preconceito e encarem as questões à luz de uma visão menos dogmática", diz a psicóloga Lulli Milman, da UERJ.

Como diz uma amiga minha: “Falta leitura” e isso é verdade, quanto mais sabemos, mais queremos saber e assim, consequentemente paradigmas são quebrados e barreiras transpostas. Educar-se é preciso. Conhecer para depois opinar também.

Recentemente, o lutador de vale-tudo Marcelo Dourado, 38 anos, surgiu no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, dizendo que "homem hétero não pega AIDS". Além de uma bobagem, a declaração foi tachada de preconceituosa - e a Globo precisou ocupar seu horário nobre com as explicações do Ministério da Saúde sobre o tema. Mesmo que às vezes usados como bandeira por bandos de militantes paparicados por políticos em busca de votos, pode-se dizer que tais episódios apontam para uma direção positiva. Afirma o filósofo Roberto Romano: "A experiência mostra que o desconforto com o preconceito cria um ambiente propício para que ele vá sendo exterminado".

O Dourado eu prefiro nem comentar, pois corro o risco de ser preconceituoso.

Mas a medida que nos defrontamos com situações de preconceito, acabamos nos “imunizando” contra ele.

A notícia de que um filho é homossexual continua a causar a dor da decepção a pais e mães (descrita pela maioria dos ouvidos por VEJA como "a pior de toda a vida").

Sim, eu acredito que é desconfortável/decepcionante, mas é preciso ver por outro lado e focar na felicidade do filho e não na própria felicidade e consequente infelicidade dele (a). é o que a minha mãe ainda não aprendeu.

"Quando a própria mãe trata o fato com naturalidade, a tendência é que o preconceito em relação a ele diminua", diz a estilista gaúcha Ana Maria Konrath, 55 anos, em coro com uma nova geração de mães - também mais tolerantes.

Isso não acontece em minha casa, por isso não posso falar muito, mas, um dia ainda poderei dizer que não tenho preconceito dentro da minha família. Mas alguma coisa está mudando por lá e os ventos estão soprando para outra direção. Vamos lá!

Para boa parte dos jovens gays de hoje, a vida subterrânea nunca fez sentido. Diz o produtor de moda carioca Victor Guedes, 19 anos: "Desde que ficou claro para mim que meu interesse era pelo sexo masculino, não pensei em esconder isso dos meus pais. Só esperei a hora certa para abrir o jogo, com todo o tato".

Para mim foi totalmente diferente, pois agora que estou me mostrando mais em casa, sem chocar, é claro!

Nunca falei da minha sexualidade aqui por acreditar ser algo que não precisa ser alardeado!

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